POLICIAL AFASTADA POR INVALIDEZ É VISTA EM FESTA ENQUANTO RECEBIA R$ 3 MILHÕES

Uma policial do Departamento de Polícia de Westminster, na Califórnia, Estados Unidos, enfrenta 15 acusações criminais por supostamente fraudar uma indenização trabalhista de mais de US$ 600 mil (cerca de R$ 3,3 milhões) por invalidez total.

Nicole Brown, de 39 anos, foi flagrada em festas, praticando esportes e viajando, enquanto alegava sofrer de “síndrome pós-concussão” devido a uma “leve escoriação” na testa sofrida em serviço em 2022. As informações são do jornal New York Post e da rede CBS News.

De acordo com o Gabinete do Promotor Público do Condado de Orange, Brown sofreu o ferimento enquanto tentava prender um suspeito que resistiu à abordagem. Apesar de um médico do pronto-socorro liberá-la para voltar ao trabalho sem restrições no mesmo dia, ela relatou dores de cabeça e tontura.

A policial foi diagnosticada com uma concussão grave uma semana depois. Por isso, ela foi colocada em incapacidade temporária total, o que lhe permitiu receber salário integral por um ano e, depois, dois terços dele, além de ter as despesas médicas custeadas.

No entanto, promotores alegam que, durante o período em que recebia o benefício, Brown participou de diversas atividades incompatíveis com sua suposta condição.
Ela foi vista dançando e bebendo em um festival de música country, frequentou a Disney, correu duas provas de 5 km, praticou snowboard em montanhas, assistiu a jogos de beisebol, jogou golfe e participou de conferências de futebol juvenil. Brown também cursava um mestrado online em liderança organizacional.

A investigação começou após denúncias de que ela foi vista festejando no festival, em 2023. Três dias após o evento, em uma reunião virtual com o Departamento de Polícia de Westminster, Brown apareceu em um quarto escuro, afirmando não conseguir olhar para a tela devido a sensibilidade à luz.

Seu padrasto, o advogado Peter Schuman, de 57 anos, também participou da reunião, reforçando que ela não podia lidar com papelada ou atender ligações. Schuman foi acusado de dois crimes graves por supostamente auxiliar no esquema fraudulento e enfrenta medidas disciplinares da Ordem dos Advogados da Califórnia.

“É absolutamente repugnante que um policial tenha esse tipo de comportamento”, disse Kimberly Edds, oficial de informações públicas do Gabinete do Promotor Público do Condado de Orange, à rede ABC.
O advogado de Brown, Brian Gurwitz, defendeu que ela sofreu um “ferimento grave na cabeça” e afirmou que a policial pretende lutar contra as acusações. Caso seja condenada, Brown pode enfrentar até 22 anos de prisão.

 

Fonte: R7

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